quinta-feira, 13 de outubro de 2011

HISTÓRIA DA LOGÍSTICA

Ao longo de toda a cadeia produtiva, o objetivo final e supremo do processo é o consumidor, o trabalho logístico durante a segunda guerra mundial foi o marco essencial para muitas das definições logísticas existentes e aproveitadas nos dias atuais. essencialmente na sua origem, conceito de logística estar ligado as operações militares, Estudiosos como Novaes relatam que ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada estratégia militar, os generais precisavam ter, sob suas ordens, uma equipe que providenciasse o deslocamento, na hora certa, de munição, viveres, equipamentos e socorro médico para o campo de batalha.
Tradicionalmente, os mercados são abastecidos por meio do varejo, desenvolvendo o produto ou serviço final em um canal de comercialização, no qual liga seus fabricantes e fornecedores atacadistas, por fim aos consumidores finais, no inicio do desenvolvimento moderno do comercio, as mercadorias eram diretamente intercambiadas nos pontos de trocas, em uma época em que as moedas não tinham a credibilidade financeira para serem universalmente aceitas. Era a fase do escambo. Já na era colonial, os pioneiros que se arriscavam no oeste norte-americano se encarecia de um grande número de produtos essenciais para as atividades conquistadoras, esta época foi marcado, também pelo surgimento dos armazéns gerais também conhecidos como (general stores), estes se situavam em pontos estratégicos ligados aos transportes, como entroncamentos e estações ferroviárias onde o fluxo das caravelas era constante.
As compras dos mercadores eram realizadas através dos caixeiros-viajantes, que iam visitando os pontos de venda numa longa sequência, esta rotina podia levar dias ou até semanas. Após encaixotados, os produtos eram despachadas pela estrada de ferro. um dos principais problema deste tipo de comercialização é o fato do longo intervalo entre as visitas dos caixeiros-viajantes, a demora entre a realização dos pedidos era a principal dificuldade para realização da distribuição das mercadorias e que influenciava no custo de comercialização. O estilo de operação dos armazéns gerais, embora atendendo satisfatoriamente às populações rurais, começou a se exaurir com o tempo. Os consumidores buscavam uma variedade e estilo um pouco mais sofisticado, foi neste mesmo período que o sistema postal norte-americano deu início a um novo tipo de comercialização de produtos. Além de atender satisfatoriamente as necessidades dos consumidores o correio atendia razoavelmente bem às regiões do interior, neste mesmo período o governo americano criara incentivo especial às zonas rurais, com custos postais subdivididos, essa folga abriu oportunidade para a comercialização de produtos por catálogos e encomendas postais.
A primeira empresa a comercializar artigos através de catálogo foi a Montgomery Ward criada em 1872, nos estados unidos, em 1886 surgi a primeira concorrente, Richard Sears. 
A atual logística em uso foi originada na segunda guerra mundial, onde a preocupação era em ocupar importantes buracos da demanda existente no comércio consumista (automóveis, eletrodomésticos, bebidas), diante de uma capacidade de produção ativa com produtos em série, por sua vez começara  a padronização dos produtos: surgi também uma preocupação na qualidade dos estoques onde eram periodicamente revisados. Esse sucesso militar do uso logístico, no primeiro momento alegrou somente ao trabalho logístico das empresas governamentais, em um período que iniciara nos anos 50. No entanto, a maior parte do melhoramento gerencial do trabalho logístico surgiu da reorganização dessas atividades tradicionais dentro da empresa após os anos 50, até meado dos anos 70, este período foi considerado como de desenvolvimento e representa o principal momento da logística empresarial.
Essa primeira fase da logística de estoque, assume a posição de elemento-chave no equilíbrio da demanda de suprimentos, Nessa época, fazer o pedido significava pesquisa o preço e as demais condições de suprimentos junto a vários fornecedores, neste período existia ainda uma preocupação por parte das empresas relacionado aos custos logísticos, no entanto esta visão era extremamente corporativa, ou seja, as empresas buscavam reduzir ao máximo seus próprios custos, aos poucos, profissionais em marketing foram incorporando aos consumidores interesse cada vez maior por produtos inovadores.
Esse crescimento acentuado na disposição de produtos e de opções só foi possível graças a atividades produtivas na manufatura que foram tornando-se flexíveis permitindo uma maior disposição, sem aumento expressivo nos custos de produção. Outro aspecto que possibilitou novas condições de escoamento dos recursos logísticos foi o aproveitamento das multimodalidade no deslocamento das mercadorias. A aplicação combinado de veículos, navio, trem, e até mesmo aviões, começaram a ser utilizados, enxergando a redução dos custos e ao mesmo tempo a utilização da capacidade produtiva nas inúmeras modalidades. Neste mesmo período a manufatura tinha enorme hegemonia na indústria. Deste modo toto planejamento e implementação  da produção era executado pelos setores de fabricação, adotando seus próprios critérios, todas estas atividades eram realizadas sem a realização de consultas as demais áreas da organização.
Estes aspectos ao aumento excessivo do estoque em toda a cadeia de abastecimento, aponta ainda que, para reduzir estes efeitos negativos era necessário interligar o planejamento a outros departamentos da empresa tal como clientes e fornecedores. Deste modo a previsão de compra era enviada aos fornecedores que podiam se planejar quanto a mão-de-obra necessária para o mês, esta segunda fase da logística era então caracterizada pela procura da redução e ligação da cadeia de suprimentos que ainda encontrava-se bastante regida, pois dificultava a correção enérgica, real time, do planejamento ao longo do tempo. Existia ainda uma terceira fase da logística que se caracterizava pela incorporação dinâmica e flexível entre os membros da cadeia de suprimentos, esse se dividia em dois níveis: na parte interna da empresa e na relação junto aos fornecedores e clientes. Nesta terceira fase foi possível ainda o desenvolvimento da informação que possibilitou o forte crescimento e integração dinâmica da logística, possibilitando importante agilidade na cadeia de suprimentos. A introdução do código de barras de forma extensiva no supermercado possibilitando a integração flexível das vendas com o deposito ou centro de distribuição, fornecendo um importante mecanismo para controle do estoque.
Nesta terceira etapa surge uma maior preocupação não apenas com a plena satisfação ao cliente final, assim como todo ciclo intermediário, ou seja, neste ciclo se incorpora os clientes dos fornecedores que as antecedem na cadeia de suprimento. Ainda neste aspecto há uma busca incessante pela qualidade do estoque zero.
Uma quarta faze da logística ainda pode ser citada, e que é apontada pelo grande salto positivo da importância das empresas que compõem a cadeia de suprimentos, começam assim a utilizar o fator logístico de maneira estratégica, desta forma, ao invés de optar pela otimização pontual das operações, as empresas passaram a utilizar os procedimentos logísticos como simples causadores de custos, neste aspecto as empresas que compõem tal cadeia começaram uma busca por soluções mais atuais, utilizando a logística como meio para ganhar competitividade e incentivar o surgimento de novos negócios.
Começará assim a utilizar à logística como diferencial competitivo, em busca de maiores oportunidades de mercado. O surgimento de uma nova atividade meio a este aspecto, surgi e passa a ser bastante utilizado nessa fase, é o chamado postponement (é uma ferramenta em que toda execução de distribuição ou manufatura são realizadas apenas depois da identificação da quantidade ou da localização da demanda) onde visa redução ao máximo de prazos e incertezas ao decorrer da cadeia de suprimento. Outra novidade surge nesta quarta fase logística, são as chamadas empresas virtuais, onde Novaes a identifica como agile enterprises (empresas ágeis), onde a agilidade do negócio pode ser mantida por manufatura e adaptação do mercado ou serviço podendo assim atender a demanda dos Clientes.
Caracteriza-se ainda, pelos impactos da logística com relação ao ambiente principalmente na Europa, onde o interesse pela logística reversa começou a crescer, trata-se do processo de recuperação de materiais diversos. O ponto crucial para evolução desta quarta fase da logística o surgimento de uma nova abordagem no cuidado dos problemas logísticos. Trata-se do SCN – Supply Chain Management (gerenciamento da cadeia de suprimentos).
A troca de informações é constante ainda nesta fase da logística, e o que a diferencia das demais são:
·         Atenção total com relação à satisfação do consumidor final;
·         O surgimento das chamadas parcerias entre clientes e fornecedores ao decorrer da cadeia dos chamados suprimentos;
·         Maior integração entre a cúpula da empresa, permitindo um maior fluxo de informações e uso contínuo das ações operacionais e estratégicas;
·         Utilização de valores sistemático e constante, no sentido de agregar muito mais valores junto ao ciclo final eliminando o máximo de desperdício nos interesses da redução dos custos e aumentando a eficiência.

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